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A mortalidade por melanoma maligno vem aumentando mundialmente. A radiação ultravioleta (UV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento do melanoma, especialmente em pessoas de pele e cabelos claros, com menor quantidade de melanina. A incidência de cânceres de pele está ligada à exposição solar, localização geográfica e características físicas das pessoas. A Análise Exploratória de Dados Espaciais examina a dependência e a heterogeneidade espaciais, descrevendo a distribuição espacial e identificando padrões de associação e observações atípicas. O objetivo do estudo é avaliar se há uma autocorrelação espacial sobre as taxas de mortalidade por melanoma maligno nos municípios das regiões Sul e Sudeste do Brasil, por meio do índice de Moran, para identificar agrupamentos de ocorrências. Analisando espacialmente, verifica-se que os municípios com altas taxas de mortalidade concentram-se, em sua maioria, na região Sul do Brasil. Os resultados indicam que a mortalidade por melanoma maligno da pele apresenta forte influência espacial, com agrupamentos significativos de autocorrelação positiva, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O estudo serve como instrumento para políticas públicas e uma análise correlacionando dados socioeconômicos e demográficos poderia indicar características do tipo de população mais afetada.

Gabriela Gomes, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba, Brasil.

Mestranda em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" com bolsa CAPES. Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade de Sorocaba (2022) com bolsa ProUni. Atuando principalmente nos seguintes temas: análise espacial, sensoriamento remoto, uso do solo e geoprocessamento, para estimativa e análise do fluxo de calor sensível na superfície terrestre.

Liliane Moreira Nery, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba, Brasil.

Técnica em Meio Ambiente pela Etec Professor Edson Galvão (2014), Bacharel em Engenharia Ambiental pela Universidade de Sorocaba (2019), Mestra em Biotecnologia e Monitoramento Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos (2022) e Doutoranda em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Possui experiência na área da Engenharia Ambiental, com ênfase em Gestão Ambiental, Monitoramento Ambiental, Geotecnologias e Transferência de Tecnologia para a Sustentabilidade.

Nícholas de Paula Nicomedes, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba, Brasil.

Mestrando em Ciências Ambientais pela UNESP Sorocaba e graduado em Engenharia Ambiental pela Universidade de Sorocaba (2023). Atua atualmente na área de pesquisa em Geoprocessamento e Modelagem Matemática Ambiental.

Ana Laura de Paula, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba, Brasil.

Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba.

Darllan Collins da Cunha e Silva, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Ciência e Tecnologia, Sorocaba, Brasil.

Possui Graduação e Mestrado em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Doutorado em Ciências Ambientais pela UNESP - Campus de Sorocaba. Também realizou estágio de Pós-doutoramento na Unesp, junto ao Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba, na área de Ciências Ambientais, no período de Set/2017 a Set/2018. Atua principalmente nos seguintes temas: Indicadores Ambientais, Gestão de Recursos Hídricos, Análise Espacial de Dados e Saúde Coletiva. Tem experiência na coordenação e de projetos de pesquisa e de extensão financiados pelo setor público e privado. Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus de Sorocaba, onde ministra aulas na graduação em Engenharia Ambiental. 

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