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Este artigo demonstra as bases da formação espacial de áreas de proteção ambiental e entorno, no Estado do Acre, Brasil, perante suas possibilidades e sentidos de usos. Com isto, espera-se possibilitar uma compreensão diagnóstica da “biodiversidade e gestão ambiental”, sem, contudo, desprezar a riqueza da formação social regional. Desta forma, apresenta-se a organização de informações que possibilita identificar, caracterizar e analisar as áreas de proteção e seus entornos como territórios de proteção, sem negar seu histórico como espaços produzidos e, na atualidade, como áreas de possibilidades diversas de uso e exploração econômica. Assim, deixa-se claro que estas áreas de proteção se firmaram a partir das práticas das populações tradicionais, mas que na atualidade está exposta às lógicas de uma nova territorialização do capital. Para isto, estas áreas passam serem vistas e dispostas aos usos como grandes reservas para a exploração dos recursos naturais, sejam na extração de madeiras, látex, sementes ou mesmos, redirecionadas como territórios não produtivos, mas aptos a serem espaços postos a venda no mercado de serviços ambientais. Nisto, notam-se novas articulações do capital mundial no controle dos recursos regionais, sob a lógica da ecologização monetária dos recursos amazônicos.

Silvio Simione da Silva, Universidade Federal do Acre - UFAC

Doutor em Geografia pela Universidade Estadual Paulista – FCT/UNESP
Professor Associado da Universidade Federal do Acre - UFAC, Brasil
Correo electronico : ssimione@gmail.com

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